6 de Novembro de 2022
O aumento da prevalência da miopia está, a nível global, com valores muito alarmantes, e segundo estudos (1) há partes do mundo que 70%-80% dos adultos são míopes e cerca de 20% das crianças são míopes com mais de -6 D.
As altas miopias podem resultar no desenvolvimento de complicações que podem levar à cegueira como as Degenerações da Retina e Glaucoma.
Cada vez mais crianças estão a desenvolver miopia em idades mais jovens. Quanto mais cedo a criança desenvolver miopia mais esta irá evoluir e mais alta se tornará.
Estudos indicam que o aumento da miopia está relacionado com o aumento do comprimento axial do olho ( o olho quando cresce , cresce longitudinalmente, e o formato assemelha-se mais a uma “bolota” que a uma “bola perfeita”).
O ideal seria ter um tratamento de controlo da miopia o menos invasivo possível, visto a população pediátrica ser um grupo tão sensível, e que em simultâneo consiga corrigir a miopia já existente.
Neste sentido, surge um tratamento, com as mais recentes lentes oftálmicas. Têm com um desenho que permite na zona central da lente compensar as dioptrias já existentes, e na periferia impor o chamado “myopic defocus”, de forma a enviar informação às células de forma a inibir o aumento do comprimento axial do olho, inibindo assim o aumento a miopia.
Estudos recentes (2), apontam para um efeito de controlo de miopia, conseguindo um abrandamento da sua progressão em crianças que usaram este tipo de lentes quando comparados com crianças que usaram lentes monofocais “normais”, apenas compensadoras da dificuldade visual.
Neste momento, para os casos que o justificarem, temos forma de flutuar entre a utilização de lentes oftálmicas e lentes de contacto descartáveis diárias (que surgiram como opção para o controlo da miopia antes das lentes oftálmicas) , para um tratamento mais completo que cubra todas as necessidades do dia a dia e sem interrupções.