Acção Cultural
6 de Maio de 2019
EXPOSI(SÃO) PIROGRAVURA II / JOÃO ALMEIDA
04/MAI – 25/MAI 2 0 1 9
INAUGURAÇÃO: 04 MAIO / 18H00
A palavra pirografia é de origem grega e significa “escrita + fogo”. Cogita-se que a pirografia foi das
primeiras manifestações artísticas humanas, já que a humanidade descobriu o fogo há mais ou menos
dez mil anos. É uma forma de arte primitiva e ancestral.
A história da pirografia é tão antiga, que a palavra antropologia pode ser utilizada. Está diretamente
ligada à história do fogo. O fogo fascina a humanidade há milhares de anos. Foi onde a humanidade
encontrou o poder para moldar a natureza à sua vontade. O fogo foi utilizado como proteção, na
caça, como aquecimento. Além de tudo isso, o homem pré-histórico ainda desenhou nas paredes das
cavernas com carvão (arte rupestre).
Mas a grande revolução desta arte ocorreu na Idade dos Metais, quando o ser humano dominou a
criação de ferramentas metálicas. E foi só na Idade Média que esta arte floresceu.
Na Europa, por volta de 1600, nas tabernas, homens colocavam fogo em lareiras e utilizavam uma
ferramenta para acomodar as brasas e a lenha. Essa ferramenta aquecia e em brasa era usada para
decorar as mesas e paredes de madeira da taberna e por ser chamada de “poker”, deu origem ao termo
“poker art” ou “poker work”.
O primeiro trabalho impresso sobre pirografia data de 1751, publicado na Inglaterra. Atualmente há em
museus da Europa, aparelhos utilizados no Século XIX, onde principalmente mulheres aqueciam vários
“pokers” com carvão, para realizar trabalhos mais detalhados e finos. Até esta altura, os “pokers” eram
de ferro, era necessário envolvê-los em panos ou papéis para segurá-los. Depois de algum tempo,
apareceram “pokers” com cabos de madeira, que rapidamente invadiram todos os utensílios que aquecem,
como ferros de passar, ferros de soldar, etc…